Não podemos nos calar diante de situação alguma de violência! Estamos em marcha Juventude!
O Regional Centro-Oeste da CNBB, em conjunto com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) Goiás, a Comissão Brasileira Justiça e Paz, a Pastoral Carcerária Nacional, a Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil e a Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço à Caridade da Justiça e da Paz, publica nota sobre a violência praticada por agentes de segurança pública de Goiás, que coloca em risco a segurança de agentes de Direitos Humanos, entre eles, muitos religiosos e religiosas.
Leia abaixo a íntegra da nota:
"Se eles se calarem, as pedras gritarão" (Lc 19, 40)
Brasília, 16 de junho de 2011.
Reunidos na sede da CNBB, em Brasília, no dia 16 de junho de 2011, as entidades: CNBB/Regional Centro-Oeste, Conferência dos Religiosos do Brasil – Regional/Goiás, Comissão Brasileira Justiça e Paz, Pastoral Carcerária Nacional, Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil e a Comissão Episcopal para o Serviço à Caridade da Justiça e da Paz da CNBB, diante da violência institucional praticada por agentes de segurança pública no Estado de Goiás, vem manifestar seu repúdio a toda prática que viola os Direitos Humanos e coloca em risco a segurança e a vida.
As denúncias de violência policial, sistematicamente apresentadas às autoridades pela sociedade civil e por agentes públicos do Estado de Goiás, endossadas posteriormente pela Operação “Sexto Mandamento” da Policia Federal, deflagrada em 15 de fevereiro de 2011, resultaram na prisão de 19 policiais militares suspeitos de integrarem grupos de extermínio. Lamentamos que, dentre aqueles que devem defender a vida, figurem membros que a coloquem em risco.
Reconhecemos que Goiás não é um caso isolado no País, pois sabemos que outros Estados vivem situações semelhantes. Salientamos também que existem no Brasil práticas que evidenciam que é possível implantar Políticas Públicas assentadas no respeito à dignidade humana.
Diante disso, denunciamos as ameaças de mortes sofridas por lideranças religiosas e políticas engajadas no enfrentamento a essa violência e exigimos:
a) Proteção efetiva aos defensores dos Direitos Humanos em situação de ameaça;
b) Celeridade na apuração dos crimes com a consequente punição dos culpados;
c) Efetivação de um modelo de segurança pública pautada na cidadania.
Acreditamos que a superação de toda forma de violência e a construção de uma cultura de Paz, se assenta numa política de segurança pública cidadã, pois “A Paz é Fruto da Justiça” (Is 32,17).
Assinam,
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Regional Centro-Oeste
Conferência dos Religiosos do Brasil, Regional Goiás
Comissão Brasileira Justiça e Paz da CNBB
Pastoral Carcerária Nacional
Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil
Comissão Episcopal para o Serviço à Caridade da Justiça e da Paz
Fonte: http://casadajuventude.org.br/index.php?option=content&task=view&id=3201&Itemid=2
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